No dia 12/08, em Curitiba, foi inaugurada oficialmente a planta industrial da Earth Renewable Technologies (ERT), primeira da América Latina focada na produção de plásticos com base em biopolímeros biodegradáveis.

A ERT afirma que os seus materiais oferecem a marcas de todos os segmentos a possibilidade de substituir embalagens tradicionais fabricadas com plásticos derivados de fontes fósseis (sejam potes, garrafas, talheres, copos, bandejas, sacolas de compras, ou outros) por outros recipientes plásticos produzidos a partir de materiais renováveis e que se degradam em até 6 meses.

“Isso é possível com a aplicação do nosso biopolímero, feito com base biológica a partir de materiais renováveis, que atende as normas técnicas e apresenta a mesma performance, mas com menor impacto ambiental. Nossa solução empodera as empresas e as conduz em direção aos conceitos mais concretos de economia circular, reduzindo suas pegadas de carbono, diminuindo a dependência de plásticos de origem fóssil, focando no desperdício zero e reduzindo o descarte de lixo plástico não degradável na natureza”, pontua Kim Gurtensten Fabri, CEO da Earth Renewable Technologies. “A expectativa da ERT na atual planta é crescer de 2 mil para 35 mil toneladas de polímeros, chegando em 800 milhões de faturamento e gerando 160 empregos em Curitiba, com investimento de R$ 250 milhões. Queremos nos tornar em breve a terceira maior empresa de biopolímeros do mundo”, complementa Fabri.

A ERT afirma que suas soluções permitem criar e personalizar variados tipos de embalagens. Uma dessas aplicações é a sacola PLA Biobased. Segundo a empresa, trata-se de uma solução biodegradável obtida de fontes renováveis (vegetais). Outra exemplo são as embalagens feitas especialmente para a Melíponas (a EarthBottle, embalagem para envase de própolis, a qual, segundo a a empresa, é compostável).

“Nossa empresa tem duas premissas. A primeira é de que o plástico é necessário, mas logo em seguida a segunda, de que os plásticos a base de petróleo não podem permanecer”, diz o membro do Conselho da ERT, Alan Fuchs.

“Estamos muto satisfeitos em contar com uma empresa que se preocupa com o desenvolvimento sustentável e a inovação. A ERT aqui, ocupando um espaço urbano que estava vazio, trazendo movimento, emprego e uma linha de produção moderna, está totalmente em sinergia com o DNA da cidade, levando nosso nome para o Brasil e para o mundo afora”, resume o Vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

A ERT surgiu há 12 anos como uma startup na Clemsom University, na Carolina do Sul/EUA. Há dois anos, iniciou uma pesquisa com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) focada no desenvolvimento de polímeros fabricados a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Atualmente, a produção utiliza a cana-de-açúcar inteira.

Segundo a ERT, a fibra patenteada pela empresa ERT – intitulada Short Fiber Reinforced Polymer (SFRP) – é capaz de modificar o desempenho de biopolímeros e possibilitar aplicações antes desconhecidas para estes materiais. “Isso se dá pelo uso de bioplásticos, que são produtos de base biológica, derivados de plantas e outros materiais renováveis agrícolas, marinhos e florestais”, explica Fabri.